Quem não ama a hora do café, não é mesmo? No Brasil, a cultura de consumir o famoso “cafezinho” segue como um pilar local – e os números mostram isso!
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo de café no Brasil, que já era alto, registrou um aumento de 1,64% no período entre novembro de 2022 e outubro de 2023, em comparação com o mesmo período do ano anterior (novembro de 2021 a outubro de 2022).
Segundo informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), compartilhadas pela Abic, o volume representou 39,4% da safra de 2023, que totalizou 55,07 milhões de sacas. Apesar de ligeiramente menor em relação ao período anterior, quando o consumo interno alcançou 41,9% de uma safra de 50,9 milhões de sacas, os números mostram que o Brasil continua sendo o maior consumidor dos cafés que produz.
Além do crescimento no consumo doméstico, que aumentou 1,64%, as indústrias associadas registraram um crescimento ainda mais significativo de 2,25%.
Apesar de continuar em “alta”, a história do café começou há muitos anos na África! E desde então, popularizou-se mundialmente, chegando ao Brasil e se tornando um pilar importante da cultura brasileira.
Para você conhecer mais sobre a origem do grão, continue a leitura!
Onde tudo começou?
A história do café remonta à África, mais precisamente à Etiópia, mas sua disseminação pelo mundo teve contribuição significativa da Europa.
Segundo informações compartilhadas pela Abic, com base no livro “História do Café”, de Ana Luiza Martins (2008), no entanto, o que muitos não sabem é que a descoberta do uso do café está relacionada a um pastor de cabras.
De acordo com a famosa Lenda de Kaldi, registrada em manuscritos do Iêmen em 575 d.C., o pastor Kaldi notou que suas cabras ficavam cheias de energia após mastigarem os frutos vermelho-amarelados de arbustos presentes nos campos.
Intrigado, Kaldi experimentou os frutos e percebeu os efeitos estimulantes. Embora essa história seja considerada uma lenda, registros históricos indicam que foi por volta dessa época que o café começou a ser explorado e consumido de diversas formas.
Na Etiópia, o café era inicialmente consumido em sua forma natural. Os etíopes mastigavam as folhas e os frutos, aproveitando sua polpa doce.
Eles também misturavam o café macerado com banha como parte das refeições ou preparavam chás com suas folhas. Além disso, a polpa fermentada era usada para criar uma bebida alcoólica.
A evolução do café
Conforme mostra a Abic, foram os árabes que rapidamente dominaram o plantio e o preparo do café, período importante para a propagação e popularização do grão.
Para os árabes, a planta foi chamada de Kaweh e sua bebida, Kahwah ou Cahue, termo árabe que significa “força”.
No Iêmen, o café ganhou destaque por suas propriedades medicinais, sendo preparado com cerejas fervidas em água. Os monges da região também aderiram à bebida, utilizando-a como estímulo para longas horas de oração e vigília.
O processo de torrefação do café, fundamental para sua popularidade atual, foi desenvolvido apenas no século XIV. Esse avanço deu ao café o sabor e o aroma que conhecemos hoje, tornando-o ainda mais atrativo.
Nesse período, o Iêmen tornou-se um importante centro de cultivo comercial de café, utilizando terraços irrigados por poços locais. Esse domínio permitiu que o país mantivesse o monopólio da produção por um longo tempo.
O hábito de consumir o café
De acordo com as informações da Abic, com o seu sabor único e seus efeitos estimulantes, o café rapidamente se tornou um produto valioso, ganhando espaço no comércio global.
O hábito de consumir café como uma atividade social começou a se consolidar por volta de 1450. Os filósofos o utilizavam para permanecerem acordados durante seus exercícios espirituais. Em 1475, a Turquia introduziu o primeiro café do mundo, chamado de Kiva Han.
Ao longo do tempo, o grão tornou-se um símbolo de sociabilidade. Em 1574, cidades como Meca e Cairo abrigavam cafés que atraíam poetas e artistas, consolidando a bebida como parte de um rito cultural.
Expansão mundial do café
Com a expansão europeia, o café foi levado para colônias nas Américas, Ásia e África. As plantações prosperaram, especialmente no Brasil, que se tornou o maior produtor mundial da bebida no século XIX — posição que mantém até hoje.
Vale destacar que, atualmente, o grão é muito mais do que apenas uma bebida. Ele é parte integrante de diferentes culturas, com métodos de preparo que variam do tradicional café turco ao expresso italiano.
Chegada do café ao Brasil
De acordo com informações compartilhadas pela Abic, foi o oficial português Francisco de Mello Palheta quem trouxe as primeiras mudas de café para o Brasil em 1727. Ele vinha da Guiana Francesa. Segundo a história, ele as recebeu das mãos de Madame d’Orvilliers, esposa do governador de Caiena.
As mudas foram plantadas no estado do Pará, onde se adaptaram bem e começaram a florescer. No entanto, não seria na região amazônica que o café ganharia destaque como a principal riqueza do Brasil.
De fato, à medida que o consumo da bebida crescia rapidamente na Europa e nos Estados Unidos, a demanda global incentivava a expansão da produção.
Assim, em 1781, o cultivo do café foi introduzido no Rio de Janeiro por João Alberto de Castello Branco. Esse marco deu início a um novo ciclo econômico na história brasileira, sucedendo o declínio da mineração de ouro em Minas Gerais.
O cultivo do café se expandiu pelo Vale do Paraíba, transformando a paisagem do Rio de Janeiro e avançando em direção a São Paulo. A partir da década de 1880, São Paulo consolidou-se como o maior produtor do país.
Com o avanço dos cafezais, novas cidades surgiram. No final do século XIX, o Brasil dominava o mercado cafeeiro mundial, destacando-se como o principal fornecedor global.
A importância do café para o Brasil vai além da economia. De acordo com historiadores e economistas, o desenvolvimento do país a partir do século XVIII foi impulsionado pelos lucros gerados pela cafeicultura.
A história do café foi tão significativa que não se pode imaginar os avanços econômicos, sociais e culturais do Brasil sem considerar a influência dos barões do café e da riqueza gerada por suas lavouras.
Consumo de café no Brasil
Uma pesquisa feita entre 2019 e 2023 pelo Instituto Agronômico (IAC-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Axxus e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que 97% dos entrevistados disseram beber café ao acordar e para 61% a bebida colabora para a melhora do humor e a disposição.
O mesmo estudo identificou que 29% dos entrevistados bebem mais de seis xícaras de café por dia, enquanto 46% consomem de três a cinco xícaras diárias.
Além disso, segundo a Abic, no segmento de atacarejo, o ticket médio gasto em café continua sendo o mais elevado entre as categorias de produtos.
O Brasil mantém sua posição de segundo maior consumidor de café do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. A diferença entre os dois países é de 5,2 milhões de sacas.
No entanto, no consumo per capita, o Brasil se destaca, com 6,4 kg por pessoa ao ano (de café cru) e 5,12 kg ao ano (de café torrado e moído), valores superiores aos dos Estados Unidos, cujo consumo per capita é de 4,9 kg por ano.
O consumo per capita no Brasil também registrou aumento no período analisado, com um crescimento de 7,47% em comparação ao período anterior. Este crescimento está diretamente relacionado aos dados populacionais fornecidos pelo IBGE e reflete a preferência crescente dos brasileiros pela bebida, mostram os dados da Abic.
Segundo as informações, durante o ano de 2023, a Região Sudeste foi responsável por consumir o equivalente a 9,0 milhões de sacas de 60 kg, representando 41,76% da demanda de café no país. Em seguida, destaca-se a Região Nordeste, com um consumo de 5,82 milhões de sacas, o que corresponde a 26,9% do total nacional.
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